Métodos de termometria não invasiva em comparação oa método de aferição da temperatura de cateter de artéria pulmonar: um estudo de medidas repetidas / Comparison of noninvasive methods of thermometry and the pulmonary artery, temperature method: a repeated measures study

A aferição da temperatura corporal é uma ferramenta essencial no cuidado de pacientes críticos. Para a identificação da temperatura corporal é necessário o uso de um termômetro preciso e ágil. Quando técnicas invasivas não estão sendo utilizadas, a equipe de enfermagem depende de termômetros não invasivos. Atualmente, na literatura, não há um consenso sobre a acurácia e precisão de métodos como as temperaturas oral, axilar, de membrana timpânica ou de artéria temporal. Ademais evidências acerca dos fatores que podem alterar a confiabilidade desses métodos são escassas. Por isso estudos clínicos devem ser realizados com esses métodos para respaldar o uso dessas técnicas na prática. Objetivo: Comparar a acurácia e precisão de métodos de termometria não invasivas (artéria temporal, membrana timpânica, oral e axilar) em comparação a temperatura de artéria pulmonar. Método: Foram realizados uma revisão sistemática e metanálise e um estudo clínico de medidas repetidas. A metanálise foi realizada com dados de 41 artigos pesquisados na literatura. Os dados do estudo clínico foram coletados em duas Unidades de Terapia Intensiva na cidade de Belo Horizonte. Foram incluídos pacientes adultos em uso do cateter de artéria pulmonar. As cinco temperaturas foram aferidas três vezes de cada paciente. Para análise dos dados foi realizada análise descritiva, gráficos de Bland-Altman e análises de regressão. Resultados: A acurácia e precisão das temperaturas na metanálise foram; temperatura axilar, -0,35 e 0,06; temperatura oral, -0,21 e 0,08; temperatura de membrana timpânica, -0,05 e 0,05; e temperatura de artéria temporal, -0,22 e 0,26. A acurácia e precisão após análise dos dados do estudo clínico foram, respectivamente: temperatura axilar, -0,42 e 0,59; temperatura oral, -0,30 e 0,37; temperatura de membrana timpânica, -0,21 e 0,44; e temperatura de artéria temporal, -0,25 e 0,61. Conclusão: Os termômetros não invasivos mostraram uma boa acurácia e precisão em relação a temperatura de artéria pulmonar, entretanto em pacientes com alterações da temperatura os termômetros não invasivos tornam-se pouco acurados.(AU)

The identification of body temperature is an essential tool in critical care nursing. The use of a reliable and agile thermometer is necessary to identify the real body temperature. When available, invasive thermometer are indicated for its precision. Although, when not available, the nursing staff must rely in noninvasive thermometers. Nowadays, in the literature, there isn´t a consensus about the reliability of noninvasive temperature techniques, such as axillary, oral, tympanic membrane and temporal artery. Furthermore, there is a lack of knowledge about factors that alters the reliability of those thermometers. Clinical studies must be developed to back these techniques in nursing care. Aim: Compare the accuracy and precision of noninvasive techniques (axillary, oral, tympanic membrane and temporal artery) with the pulmonary artery temperature. Methods: An Systematic review/Metanalysis and a Cross-sectional Repeated measure clinical study were developed. The Metanalysis used data from 41 published articles. The data for the clinical study were collected in two intensive care units of two hospitals in Belo Horizonte. Patients with pulmonary artery catheter were included. The five temperatures were measured three times in each patient. Descriptive analyses were made, Bland-Altmann graphics were plotted and a four regression models were developed. Results: The accuracy and precision identified in the Metanalysis were: axillary, -0,35 and 0,06; oral, -0,21 and 0,08; tympanic membrane, -0,05 and 0,05; and temporal artery, -0,22 and 0,26. The accuracy and precision of the noninvasive thermometers and the pulmonary artery temperature identified in the clinical study were: axillary -0,42 and 0,59; oral -0,30 and 0,37; tympanic membrane -0,21 and 0,44; and temporal artery -0,25 and 0,61. Conclusion: The noninvasive thermometers showed a good accuracy and precision when compared with the pulmonary temperature, However, in non-normothermic patients the reliability of the thermometers is poor.(AU)

Traumatic arteriovenous fistula associated to pseudoaneurysm of the superficial temporal artery in a child: case report and literature review / Fístula arteriovenosa traumática associada a pseudoaneurisma da artéria temporal superficial em uma criança: relato de caso e revisão da literatura

As fístulas arteriovenosas (FAVs) e os pseudoaneurismas traumáticos extracranianos são malformações incomuns e, em sua maioria, estão associadas a traumatismo craniano fechado com lesão contusa de forte intensidade. O diagnóstico em geral é clínico, porém o exame de escolha para o diagnóstico definitivo é a angiografia. Nos casos em que a lesão é pequena, é possível abordá-la com embolização via endovascular com sucesso. A excisão cirúrgica, no entanto, ainda é o método de escolha para o tratamento. É relatado um caso de um paciente do sexo masculino, com 9 anos de idade, diagnosticado com FAV, acometendo o ramo frontal da artéria temporal superficial, secundária a trauma craniano contundente ocorrido três anos antes do diagnóstico.

The arteriovenous fistulae (AVFs) and the extracranial traumatic pseudoaneurysms are uncommon malformations and in the majority of the cases are associated to closed head trauma with high intensity blunt lesion. The diagnosis is generally clinical, though the exam of choice for definitive diagnosis is an angiography. In minor lesion cases it's possible to successfully approach it with endovas-cular embolization. The surgical excision though, is the method of choice for the treatment. Here is reported a case of a 9-year-old male patient, diagnosed with AVF involving the frontal branch of the superficial temporal artery, secondary to blunt head trauma occurred three years before diagnosis.

Fistula arteriovenosa pós-traumática da artéria temporal superficial - relato de caso / Traumatic arteriovenous fistula of the superficial temporal artery - case report

Introdução: Fístulas arteriovenosas envolvendo a artériatemporal superficial são relativamente raras. A maioria doscasos estão relacionados a traumatismos cranianos contusos,apresentando-se como uma massa indolor e pulsátil na regiãotemporal. Objetivo: Relatar o caso de um paciente com fístulaarteriovenosa pós-traumática da artéria temporal superficialtratado com sucesso através de cirurgia. Relato do caso: Umpaciente de 30 anos do sexo masculino procurou atendimentodevido à massa pulsátil e indolor em região temporal à direita de 3anos de lento crescimento relacionada a trauma contuso na regiãotemporal que deu início ao quadro. Foi abordado cirurgicamentee evolui bem, sem qualquer sequela. Considerações finais:O relato mostra que, apesar de rara, fístula arteriovenosa póstraumáticada artéria temporal superficial deve ser uma hipótesediagnóstica para aqueles pacientes que apresentem massapulsátil, indolor e deformante em região temporal, principalmentese houver história prévia de trauma na região pré-auricular.

Retalho pediculado temporofrontal para reconstrução de defeitos em cabeça e pescoço / Pedicle temporofrontal flap for head and neck reconstruction

Objetivo: Os retalhos livres, considerados o padrão-ouro na cirurgia reparadora, não podem ser utilizados na reconstrução de todos os defeitos pós-excisionais cervicofaciais, principalmente naqueles pacientes portadores de severas comorbidades clínicas. Dessa forma, retalhos pediculados clássicos, como o retalho temporofrontal, ainda representam uma alternativa ao cirurgião de cabeça e pescoço. Este trabalho teve por objetivo descrever nossa experiência com a utilização do retalho temporofrontal, baseado na artéria temporal superficial para a reconstrução de defeitos pós-excisionais em cabeça e pescoço. Método: Foi realizado um estudo retrospectivo de cinco casos consecutivos de pacientes portadores de neoplasias malignas do território da cabeça e pescoço, tratados entre 2000 e 2009, nos quais foi utilizado o retalho temporofrontal. Nos cinco pacientes, os retalhos livres estavam contraindicados devido a comorbidades clínicas ou à falta de condições técnicas para a realização de microcirurgia. Resultados: Não foi observada perda total do retalho em nenhum caso. Houve integração completa do enxerto de pele na área doadora nos cinco casos. Todos os pacientes receberam alta precoce, sem complicações imediatas. Os objetivos da reconstrução foram alcançados em quatro dos cinco pacientes. Conclusão: Analisando os nossos resultados, observamos que o retalho temporofrontal apresentou boa evolução na maioria dos casos, com reabilitação funcional satisfatória em quatro dos cinco pacientes. Em função das limitações da microcirurgia em nosso meio, a utilização de retalhos loco-regionais pediculados, como o retalho temporofrontal, deve fazer parte da formação do cirurgião de cabeça e pescoço.

Objective: The free flaps are considered the gold standard for surgical reconstruction. However, this technique cannot be employed to the reconstruction of all cervicofacial post-excision defects, principally in those patients with serious clinical comorbidities. Hence, classical pedicle flaps, like the forehead flap, are still an option for the head and neck surgeon. The aim of this paper was to describe our experience with the use of the forehead flap, based on the superficial temporal artery for post-excision head and neck defects reconstruction. Method: We performed a retrospective study of five consecutive cases, from 2000 to 2009, in which the pedicle forehead flap was utilized to treat head and neck cancer patients. In these five cases, the free flaps were contraindicated due to clinical comorbidities or the lack of technical condition for the employment of microsurgery. Results: There were no total flap losses. The skin graft was entirely integrated to the donor area in all cases. All patients were discharged in a few days without early complications. The objectives of the reconstruction were achieved in four of five patients. Conclusion: The pedicle forehead flap presented a good outcome in most of the cases, with acceptable functional rehabilitation in four of five patients. Due to the limitations of microsurgery, the employment of pedicle loco-regional flaps, like the forehead flap, must be part of professional formation of head and neck surgeons.